«O carácter resulta de seguirmos o nosso mais elevado sentido do bem e de confiar em ideias sem ter a certeza que resultam.» Richard Bach

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Voltei. Já foi a uns 25 dias, mas só agora se tornou oportuno, ou melhor, só agora tive a oportunidade de aqui voltar. O meu blog já me dava saudades, mas primeiro a família, os amigos, o estudo - e os exames da faculdade - e agora sim as paixões. Paixões, livros sobretudo - outros há, segredos -, e por estes ficamos.
Timor já lá vai. Há momentos que recordo, outros nem por isso, só a muito esforço, outros há a esquecer, outros talvez nunca. Já passou, viro a página, agora aqui. Agora os livros.
Comecei a leitura por algo que nunca desilude, Jamais, no francês, é Nobel, merecidíssimo, é luso, ou por cá nasceu, agora será mais do mundo, e que o mundo nunca o perca e esqueça. O nome nem digo, claro, mas deixo aqui um parágrafo, dele, em que tropecei e não esqueço:
O inconveniente destas digressões narrativas, ocupados como estivemos com intrometidos excursos, é acabar por descobrir, porém demasiado tarde, que, mal nos tínhamos precatado, os acontecimentos não esperam por nós, que já vão adiante, e que, em lugar de havermos anunciado, como é elementar obrigação de qualquer contador de histórias que saiba do seu ofício, o que irá suceder, não nos resta agora outro remédio que confessar, contritos, que já sucedeu. in Ensaio Sobre A Lucidez, de Saramago.

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